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Crítica | Esquadrão Suicida

17:43Ayllana Ferreira

FICHA TÉCNICA

Título: Esquadrão Suicida
Data de lançamento: 4 de agosto de 2016
Elenco: Margot Robie, Will Smith, Jared Leto ...
Gênero: Ação | Fantasia
Nacionalidade: EUA
Distribuidor: Warner Bros
Faixa etária: 12
Sinopse: Após a aparição do Superman, a agente Amanda Waller (Viola Davis) está convencida que o governo americano precisa ter sua própria equipe de metahumanos, para combater possíveis ameaças. Para tanto ela cria o projeto do Esquadrão Suicida, onde perigosos vilões encarcerados são obrigados a executar missões a mando do governo. Caso sejam bem-sucedidos, eles têm suas penas abreviadas em 10 anos. Caso contrário, simplesmente morrem. O grupo é autorizado pelo governo após o súbito ataque de Magia (Cara Delevingne), uma das "convocadas" por Amanda, que se volta contra ela. Desta forma, Pistoleiro (Will Smith), Arlequina (Margot Robbie), Capitão Bumerangue (Jai Courtney), Crocodilo (Adewale Akinnuoye-Agbaje), El Diablo (Jay Hernandez) e Amarra (Adam Beach) são convocados para a missão. Paralelamente, o Coringa (Jared Leto) aproveita a oportunidade para tentar resgatar o amor de sua vida: Arlequina.


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Histórias com super-heróis já estão virando clichê no cinema, uma vez que a cada dia, surgem novas adaptações de personagem com o mesmo perfil caricaturado. E é para fugir desse padrão que a DC e a Marvel estão criando histórias mais variadas, com filmes que se diferem não só pelos poderes do herói, e sim pela proposta ou até mesmo pelo jogo de câmeras. Podemos ver isso nos dois sucessos lançados pela Marvel em 2016, Deadpool, uma comédia repleta de humor negro, e Dr.Estranho, um filme em que a sua qualidade e a sua “viagem” se equiparam.

A minha opinião é que Esquadrão Suicida foi uma tentativa da DC de inovar, ao mesmo tempo em que tenta competir com os “grandes sucessos” de sua concorrente. A proposta em si é bem diferente, um esquadrão formado por super-vilões famosos, tais como “O Pistoleiro”, “Coringa” e a divante “Harley Quinn”, combatendo uma entidade super-poderosa. Porém, uma coisa me deixou confusa (não assisti os outros filmes e nem acompanho as HQ’s, ou seja, é a opinião de uma leiga). Se os super-heróis da Liga da Justiça são tão bons e certinhos, por que eles não resolveram a treta toda?!

O desenvolvimento em si da película é bem interessante. As cenas de ação são bem elaboradas. A trilha sonora é espetacular. Os personagens são carismáticos e atrativos. A história é coerente em todas as suas partes. Mas, novamente, um porém. O final acontece rápido demais, as cenas finais aparentam não estar completas, e a resolução de tudo ocorre em menos de 5 minutos. Certamente, se o final tivesse seguido o mesmo padrão do início, o filme teria sido muito melhor.

Outro ponto que fez com que este perdesse a qualidade foi o Coringa feito por Jared Leto. Particularmente, acho que o ator fez algo bem diferente, porém, com todas as versões já criadas do personagem, parece que a nova versão se distanciou muito da essência do original. O personagem em si era um psicopata audacioso e cômico. A feita por Leto aparentava um Mafioso tosco.

Algumas partes do início também são meio confusas. Por exemplo, o surgimento da vilã está ou não ligado ao início do Esquadrão Suicida? Ela faria parte, ou era só mais uma meta-humana que Amanda Waller tentava controlar?!

Agora, mudando o enfoque da resenha. Queridos leitores, para aqueles que ainda não viram a produção, não vejam pensando no Coringa. O personagem aparece maios ou menos 4 vezes, e com cenas que não alcançam nem 2 minutos de duração. Além disso, as cenas não são bem aproveitadas, deixando muito a desejar. Em suma,o personagem só aparece rindo e atirando.

Quanto aos outros personagens, à atuação da Margot como Harley Quinn é espetacular. A personagem carrega o filme com seus comentários divertidos e sem noção. É aquele clássico caso “da bonita sem nexo nenhum” que torna tudo muito mais divertido. Ela se tornou a “alma e a cara” da película. Enquanto isso, o “Pistoleiro” do Will Smith também foi um bom personagem, porém, a primeira retirou-lhe o brilho e o destaque. Por fim, os outros personagens do Esquadrão foram pouco aproveitados, sendo facilmente esquecidos.

De uma maneira geral, para aqueles que criaram muita expectativa com o filme e com a aparição do Coringa, o filme deve ter deixado muito a desejar, sendo uma completa decepção. Para mim, que assistiu já sem expectativas pela crítica e sem esperar muito do Jared Leto, o filme me surpreendeu, sendo a melhor produção cinematográfica da DC, mesmo que com vários furos.

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