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Resenha | A Caminho do Altar - Julia Quinn

19:30Ayllana Ferreira


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FICHA TÉCNICA

Nome: A Caminho do Altar
Autora: Julia Quinn
Páginas: 320
Gênero: Romance | Histórico
Ano: 2016
Editora: Arqueiro
Sinopse: Ao contrário da maioria de seus amigos, Gregory Bridgerton sempre acreditou no amor. Não podia ser diferente: seus pais se adoravam e seus sete irmãos se casaram apaixonados. Por isso, o jovem tem certeza de que também encontrará a mulher que foi feita para ele e que a reconhecerá assim que a vir. E é exatamente isso que acontece.

O problema é que Hermione Watson está encantada por outro homem e não lhe dá a menor atenção. Para sorte de Gregory, porém, Lucinda Abernathy considera o pretendente da melhor amiga um péssimo partido e se oferece para ajudar o romântico Bridgerton a conquistá-la.

Mas tudo começa a mudar quando quem se apaixona por ele é Lucy, que já foi prometida pelo tio a um homem que mal conhece. Agora, será que Gregory perceberá a tempo que ela, com seu humor inteligente e seu sorriso luminoso, é a mulher ideal para ele?

A caminho do altar, oitavo livro da série Os Bridgertons, é uma história sobre encontros, desencontros e esperança no amor. De forma leve e revigorante, Julia Quinn nos mostra que tudo o que imaginamos sobre paixão à primeira vista é verdade – só precisamos saber onde buscá-la.


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“A vida dele se dividiria em duas partes agora: antes e depois daquilo.Nunca seria capaz de amar outra mulher.Não depois daquilo. Não enquanto … andasse sobre a Terra. Não poderia haver mais ninguém. (p.251)”

“Os Bridgertons” é uma saga de romance de época, criada pela escritora norte americana Julia Quinn. Com oito livros publicados até o momento, a coleção retrata uma típica família do século passado, composta por oito filhos (detalhe: cada um deles é mais apaixonante e original que o outro, desde os meninos às meninas), e uma mãe viúva, extremamente carismática e divertida, disposta a ver todos eles casados e extremamente felizes.

Em cada livro, um novo filho e uma nova história de amor é retratada. É impressionante que mesmo com oito histórias relativamente parecidas, cada uma delas expele bom humor e originalidade, conquistando grande parte dos apaixonados pelo estilo. A forma com que são escritas contribui totalmente para isso, pois a autora consegue mesclar todos os elementos essenciais em uma boa história, dosando-os da melhor maneira possível, conseguindo despertar várias sensações no leitor. Tanto que em vários momentos, é impossível não dar umas boas gargalhadas e se sentir alegre com as façanhas dos principais.

Em um dos títulos mais recentes, Gregory Bridgerton , o sétimo filho, é o protagonista. Diferentemente de grande parte de seus amigos, ele sempre acreditou no amor, e tinha a certeza que um dia, encontraria a mulher perfeita que mexeria completamente com sua razão. Esse tal dia chegou, bastou apenas ver a nuca desta para concluir que era a mulher de sua vida. Porém, essa tal mulher estava apaixonada por outro, e pior, não estava nem um pouco disposta a tentar esquecer seu “amor proibido”.

Para a sorte do caçula, a melhor amiga desta, Lucinda Abernathy (a fofíssima Lucy), não aprova a união, e está disposta a ajuda-lo a conquistar sua amiga. Porém, como os clássicos romances, a garota na friendzone revela-se uma personagem muito mais complexa, brincalhona e encantadora que aquela que conquistou o coração do mocinho. O bom humor de Lucy é um dos pontos fortes da obra, e a “brincadeiras” entre os dois torna a história muito mais leve e deslumbrante.

Um ponto forte das obras criadas pela Julia Quinn é que ela consegue transformar qualquer história em algo simples e gostoso de ler, e em certo ponto, até mesmo viciante. A narrativa é divertida, os personagens são cômicos e românticos, fora as lições de amor que são apaixonantes. Sabe aquele típico livro que você não quer ler para não acabar logo? Então, os livros dela são exatamente assim. Quando se lê um livro da rainha dos clássicos atuais, é impossível não se sentir deliciado, e tentado a reler todas as obras várias e várias vezes.

É claro que “A caminho do altar” não poderia ser diferente. Assim como seus irmãos, Gregory é um personagem fascinante, em partes previsíveis – isso não tira seu brilho, e com uma personalidade maravilhosa. Ao longo das páginas, vemos certo amadurecimento deste, e percebemos que ele nunca desistirá de sua amada, estando disposto a enfrentar qualquer coisa por ela.

Já Lucy é mais uma daquelas personagens fortes, batalhadoras, que refletem a realidade de várias garotas da atualidade, que não compreendem o quão incríveis são. Por anos, ela se sentiu como uma sombra de sua amiga, desvalorizada e até mesmo feia. Tudo começa a mudar quando o herói (apelido dado pela autora para Gregory) lhe mostra a realidade que antes não lhe era visível. Obviamente, a garota se apaixona por ele, contudo, além de estar comprometida, o rapaz de seu sonho está apaixonado por sua melhor amiga.

"-O senhor pode esperar. Acho que…com o tempo… talvez ela perceba…
-Perceba o quê?
-Bem, que o senhor… é muito melhor que os outros. Não sei por que ela não consegue ver. É bastante óbvio para mim."

Diferentemente dos livros anteriores, este começa do final, e a ordem cronológica comporta-se como uma sucessão de fatos que acarretaram na cena no início, porém, de maneira a parecer como se fossem lembranças. Mesmo com uma conclusão previsível, “A caminho do altar” cumpre com o prometido, e certamente, é um dos melhores livros da saga, e talvez, um dos mais românticos.


"Gregory sorriu, tomando o rosto dela entre as mãos e encostando o nariz no dela.
-Eu te amo. Você sabe, não sabe?
Ela sorriu de volta.
-Eu sei.
Então ele enfim percebeu por que ia beijá-la novamente.
Só porque podia. (p.314)"

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