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Resenha | Cidade das Almas Perdidas - Cassandra Clare

17:00Ayllana Ferreira

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FICHA TÉCNICA

Nome: Cidade das Almas Perdidas
Autora: Cassandra Clare
Páginas: 434
Gênero: Fantasia | Romance
Ano: 2014
Editora: Galera Record
Sinopse: Quando Jace e Clary voltam a se encontrar, Clary fica horrorizada ao descobrir que a magia do demônio Lilith ligou Jace ao perverso Sebastian, e que Jace tornou-se um servo do mal. A Clave decide destruir Sebastian, mas não há nenhuma maneira de matar um sem destruir o outro. Mas Clary e seus amigos irão tentar mesmo assim. Ela está disposta a fazer qualquer coisa para salvar Jace, mas ela pode ainda confiar nele? Ou ele está realmente perdido?


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“-Simon? – perguntou, grogue.
-Sim. – Tocou levemente o rosto dela.
-Voc̻ veio. РEla esticou os bra̤os sobre o peito dele, movendo-se de modo a encaixar a cabe̤a no ombro dele. РṆo pensei que fosse vir.
Os deles dele traçaram desenhos no braço dela
-Claro que vim.
As palavras seguintes de Isabelle foram abafadas pelo pescoço dele:
-Desculpe por estar dormindo.
Ele sorriu par a si mesmo, um pouco no escuro.
-Tudo bem. Mesmo que você só me quisesse aqui para abraça-la enquanto dorme, eu viria.”

Além de tudo que eu já disse nas resenhas anteriores, para mim, um ponto que torna a Cassandra Clare uma autora tão incrível é a sua capacidade de criar sequências cada vez melhores, com personagens secundários que às vezes são mais incríveis que os principais. Em “Cidade das Almas Perdidas”, o quinto livro da saga Instrumentos Mortais, vemos um pouco mais da relação de Maia com Jordan, além do desflorar de um sentimento entre Simon e Isabelle. É impossível não amar o último casal, ainda mais com tanto tempo de “friendzone”

Como sempre, a trama principal da história foi à batalha de Clary para salvar Jace dele mesmo e das artimanhas de Sebastian. Relembrando o que aconteceu no livro anterior: “Lilith havia feito um ritual para unir Sebatian e Jace, ressuscitando o primeiro. O ritual possuía duas partes: uma mordida do Diurno e um juramento de sangue. Após a mordida de Simon, a consciência do vilão é recuperada, e ele obriga Jace a completar a última parte”.

Com esse conhecimento prévio, vamos continuar a resenha. Após os desdobramentos do primeiro livro, Jace desapareceu. Muito sangue foi encontrado no último local em que foi visto, e as pessoas começaram a pensar que talvez, o herói não havia sobrevivido. Para piorar, ninguém conseguia rastreá-lo, e a cada dia, a Clave perdia mais interesse em procura-lo.

Vendo que as chances do rapaz de ser encontrado estavam diminuindo, Clary e seus amigos decidem procura-lo com a ajuda do incrível feiticeiro do Broklyn, Magnus Bane. Lembro que no primeiro livro, eu achava a Clary uma personagem incrível, destemida e poderosa. Ainda acho isso tudo, porém, hoje vejo que a sua infantilidade e “mimo” superam essas qualidades, deixando-a insuportável na maior parte do tempo. Lembro também que eu não concordava quando as pessoas diziam isso. Depois de ler este livro, concordo em gênero, número e grau. A infantilidade da garota a colocou em risco, o seu egoísmo fez com que ela não aceitasse as decisões de Jace, e a sua inocência “quase matou Luke”.

Após um encontro com a rainha Seelie, a heroína reencontra seu amado. Contudo, ele não estava agindo normalmente – não parecia a mesma pessoa que sempre foi, e ainda virou BFF de Sebastian. Temendo pela vida de seus amigos e de seu namorado, essa cria um plano extremamente inconsequente, e obriga Simon a ajuda-la.

Como disse no início da resenha, Cidade das Almas Perdidas foi o livro dos secundários brilharem. O nosso vampirinho favorito se mostrou novamente extremamente divertido e encantador, arrancando-me boas risadas. O encontro dele com Raziel foi hilário, e uma das melhores partes do livro:


"Não – disse Simon. – Sei que não somos grande coisa em comparação a você, mas não matamos nossos amigos. Tentamos salvá-los. Se o Ceú não quisesse assim, jamais deveríamos ter recebido a capacidade de amar. – Ele puxou o cabelo para trás, exibindo a Marca completamente – Não, não precisa me ajudar. Mas se não o fizer, nada me impede de chama-lo sem parar, agora que sei que não pode me matar. Pense em mim tocando sem parar a campainha do Céu… para sempre." (p.346)

A Isabelle é outra personagem que foi bem aproveitada nesta obra. Sua personalidade forte, seu jeito determinado e leal de ser me conquistou. Ela virou minha personagem favorita. E os xingos que ela deu na Jocelyn, me representaram! Ohh mulherzinha chata.

Além dos próprios personagens secundários que brilharam, foi o livro em que tudo foi dosado adequadamente, desde o sentimentalismo às cenas de ação, fazendo com que se transformasse (na minha opinião) no melhor da franquia. Meu ritmo de leitura foi veloz, me senti presa de início ao fim, refém dos planos de Sebastian, e disposta a me aliar à “turminha do bem” para combater o vilão.

O final também foi bem surpreendente. Descobrir os sentimentos que o antagonista nutre pela irmã foi um tapa na cara. Eu imaginava, mas sempre achei sádico demais. Ao mesmo tempo, mesmo o Sebastian sendo uma pessoa bem cruel, não consigo odiá-lo. No fundo, tenho dó dele. Nunca foi amado, rejeitado pela mãe, e o pai o via como uma arma. Todos sempre o temeram e odiaram… Deve ser difícil viver assim.

Além de todos os elogios que já fiz à autora e sua escrita, outro ponto que enaltece ainda mais a saga são os seus finais. Ela sempre consegue deixar um clima de suspense e mistério, que instiga e provoca o leitor a continuar. Mesmo com 5 livros de uma mesma história, Cassandra ainda consegue fazer com que eu me apaixone e me apegue pelos personagens e torça por um final feliz para todos.


P.S: MELHORES IMAGENS EVER (representam alguns momentos do livro)

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